Segunda-feira, 12 de Julho de 2004
Não existe o teu corpo
Mas estás aqui
Não olho teus olhos
Mas te leio a alma
Não toco nos teus cabelos
Mas me envolvo neles
Não se sinto palpitar
Mas te oiço respirar
É um som leve
Lento mas ritmado
Quente
Arfado
Dolente
Não existe o teu corpo
Mas estás aqui
Bem perto de mim
É algo que não tem fim
Como olvidar
Como deixar de te amar
Pergunta que me enlouquece
Desígnios divinos
Que questiono
E morro lentamente
Neste corpo dormente
Que não vive
Mas sente.
De inde a 13 de Julho de 2004 às 15:57
Corporizar algo que não existe é uma missão arriscada; podemos para além de não conseguir, corporizar algo que não seja o que se deseja. Daí que essa corporização deva ficar apenas pelo querer desejar. *
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