Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2003
"Tinhas razão,meu amor, não te amo!
Sonhei amar-te e preeencher-te vazios, falhei! Não te amo. Imaginei o amor querendo dar-te a ternura que não te sentia, falhei! Não te amo. Acreditei poder afagar-te a alma, falhei! Não te amo. Pretendi partilhar contigo um tempo e um espaço só "nosso" e o "nós" não se construiu, falhei! Não te amo. Quis beber em ti a vida que apenas vi através da redoma por onde sempre me olhaste, falhei! Não te amo. Aprendi contigo a sentir com a alma, mas falhei não conseguindo afagar a tua! Não, não te amo.
Tens razão, meu amor, não era amor por ti. Era imaginação. Imaginei o amor quando queria amar-te. Inventei o amor quando tive medo que me ferisses. Embriaguei-me de amor imaginado quando o que eu queria era partilhar, chorar, rir, acalmar, olhar, tocar, sentir, mas falhei! Não te amo.
Mas, então, meu amor diz-me!
Porque te sinto a falta? Porque me magoa onde não sei dizer, mas magoa!? Fere-me tanto esta ausência feita de silêncio e vazio; ferem-me as portas fechadas; fere-me a imaginação que se esgotou; ferem-me as máscaras que invento nos outros para não te perder na memória que me trai.
Tens razão, meu amor, não te amei. Inventei-te e não te toquei! Não te amo.
Mas...
Amar-te-ei para sempre!
E no entanto...
Foste tu que recusaste o amor!
E no entanto...
O Espaço está "lá" por preencher! E o Tempo por viver!"
(nota: os tempos dos verbos, não concordantes, é propositado...)
"E se o teu amor sobrar//
E outro destino não tiver,//
Podes por mim chamar!//
Irei! Venha eu de onde vier!" D...
De amora_silvestre a 21 de Dezembro de 2003 às 21:54
...pois, acabei por (re)descobrir como colocar som nestas coisas do html!...coloquei no meu blog e ag chego aqui e pufff!...adivinhas-me o pensamento?...uma das minhas primeiras escolhas tinha sido esta, mas...optei por outra...;-)...!
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