Quinta-feira, 6 de Maio de 2004
Querer (crer) a mudança; Crer (querer) e mudar.
Palavras que nos impõem posturas de altivez perante a vida.
Quero, posso e mando!
Logo, mudo!
Porque quero.
Porque creio.
Mudar.
Mas, mudar como?
Apenas crendo (querendo)?
Basta querer (crer)?
É assim tão simples e tão fácil?
O desejo deve superar tudo e todos?
O nosso querer (crer) sobrepõe-se ao crer (querer) dos outros?
Não, não creio (mas quero).
Anseio.
Desejo poder crer (querer).
Desejo poder querer (crer) mudar.
Mas a luta é dura, demasiadamente dura.
As pedras do caminho derretem-nos a vontade de avançar.
E apenas, lentamente, muito lentamente se consegue (querendo) crendo, ir.
Apenas continuamos a perguntar: ir para onde?
Se não sabemos o caminho?!...
A resposta é sim fácil de dar:
Basta caminhar!
É isso que faço, não porque queira (creia) mas porque o tenho de fazer.
Não posso parar, não quero parar; quero caminhar; não porque creia que caminhar deva ser feito mas porque quero caminhar; não porque queira caminhar mas porque creio que devo caminhar.
E é esta duplicidade dentro de mim que me está destruindo: o querer (crer) e o não crer (querer); o ir e o ficar; o ser e o não ser.
Dilema terrível que destrói.
Magoa.
Mata.
Corrói.
E, no entanto, amar é preciso.
E, no entanto, sorrir é dever.
E, no entanto, caminhar é crer (bolas, nunca querer!).
Caminho porque creio.
Sei-o!.
olá inde, vim espreitar e gostei do que li e alguns que reli. e sim mesmo não querendo, não sabendo como temos de caminhar. bj
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