Segunda-feira, 16 de Outubro de 2006
“…amo desde o momento que quero amar até ao momento em que decido não amar… para amar é preciso querer amar como quem tem frio e quer calor ou como quem está cansado e quer descansar… tão simples quanto isso: é apenas um acto de exercício de um querer… não amamos por amar ou porque fomos aprender a amar como quem vai aprender uma nova disciplina; só se aprende uma nova ciência desde que se queira aprender; é preciso querer aprender; ninguém é obrigado a amar como ninguém é obrigado a não amar ou até mesmo a odiar… para amarmos é preciso que se queira amar: dizer mesmo – eu quero – e sentirmos que esse é um querer simples e sem artifícios… amar é uma entrega absoluta sem qualquer barreira, mesmo que magoe, que fira, que não seja o que pensávamos que seria… amar é uma dádiva e não um receber o que quer que seja, dando-nos para além de nós próprios mesmo que isso signifique perder alguma coisa… amar pode ser a perda de nós mesmos em prol de alguém que precise mais de mim do que eu próprio preciso e pode significar, portanto, dor, lágrima, choro, tristeza, amargura, infelicidade, desespero, quiçá até mesmo desamor… amar não é sorrir e dizer: Que bom, amo!… amar é dizer eu estou aí em ti e não em mim… amar é olhar para mim e sentir que só faço falta a ti e que me sobro a mim próprio… amar é tão simplesmente isso: querer estar naquele que precisa de mim mesmo que isso queira dizer que me perca, que deixo de ser o que sou ou o que gostaria de ser, mesmo que signifique a dor e a perda que tanto abomino e não desejo… para amar basta apenas querer amar… e a lágrima escorre pela minha face e a dor é forte mas, eu quero amar!…”
(Joaquim Nogueira)
Segunda-feira, 10 de Julho de 2006
"... num determinado dia da minha vida (não o sei localizar nem no tempo nem no espaço) encontrei um mundo novo à minha frente: era o mundo das palavras!... Uma espécie de mar revolto ou melhor ainda, uma floresta densa, muito espessa, com imensas árvores e cada uma com imensos ramos que se ramificavam uns nos outros... olhei a floresta de frente mas não encontrei uma vereda para nela entrar... os caminhos, em sucalcos, eram imensos e tortuosos... aventurei-me por um deles e comecei a penetrar o mundo das palavras, o mundo daquela nova floresta ali à minha frente e que me começou a cercar por todos os lados... o caminho foi longo e muito árduo mas ao mesmo tempo, sempre que acabava de percorrer uma vereda, sentava-me a descansar e sentia-me (como ainda me sinto) feliz... feliz por ter percorrido mais uma etapa... mas a floresta não tem fim nem lhe diviso a tal luz ao fundo do túnel porque ela, esta floresta, não tem fim, não tem o descanso do guerreiro... é uma vereda imensa a percorrer todos os dias das nossas vidas e na qual adoro estar... ao longo do tempo aprendi a amar estas árvores, estes ramos e estas ramificações... acho que já faço parte do arvoredo mesmo sem tentar subir à copa das árvores... bastam-me os ramos e a sua sombra frondosa para descansar este amor imenso que sinto pela palavra, pelo verde que ela encerra, pelo odor que nos penetra e pelo toque que ela se permite a si mesma ser tocada... amo-as porque por mais ténues que elas sejam ou difusas nos raios de luz que penetram a floresta, elas nascem de mim para todos vós..."
Terça-feira, 13 de Junho de 2006
...em 21 de Novembro de 2004 (quase a caminho de 2 anos) escrevi aqui o último post do Indeterminado... nele relevei a minha identidade... depois, descobri que era possível importar o "velho" layout para o novo e actual dos blogs do Sapo... assim o fiz e aqui estou com saudades do que aqui fui...
...vim apenas relembrar e dizer que estou vivo e que "resido" no www.lobices.blogspot.com
...abreijos para todos
Domingo, 21 de Novembro de 2004
Faz hoje um ano que me determinei a lançar este Blog.
Faz hoje um ano que me lancei na Blogosfera (é assim que se diz?)
Faz hoje um ano que comecei a blogar!
Depois, bem depois o verdadeiro autor de todas as minhas indeterminações absorveu-me e eu passei para plano secundário. Assim, um dia, ele "pegou" nos meus escritos e lançou-os no novo Blog dele mais concretamente no http://lobices.blogspot.com
Exactamente! Somos a mesma pessoa. Não sei se por bem ou por mal, mas somos. E, damo-nos bem.
Quarta-feira, 27 de Outubro de 2004
"Em cada relação que começa, a vida e o amor renascem. A paixão coloca cada pessoa num ponto alto e excepcional, inevitável e imperdível. Gostosamente. Mas as pessoas no seu melhor vêm depois, às vezes muito depois, quando se chora e luta, quando se aceita e se resiste, quando se constrói e quando se acredita. As verdadeiras relações, os grandes amores são sempre virtuais. Não por serem irreais, antes por serem imateriais, apesar de nos darem a ilusão de um corpo, de um suporte material que tocamos e possuímos, que acreditamos nosso, real, físico, material. Sentimos amor, quase conseguimos tocar, agarrar essa sensação. Dizemos convictos que é real. Olhamos o outro nos olhos e parece real, parece que o outro ali está e nos ama mais que nós... Mas ver, sentir, tocar, são formas de aceder ao amor, ascensores, facilitadores. Difícil mesmo é planar. As relações são feitas de ar, planar. É no vento que se ama. Talvez ser o próprio vento, e não a folha. Vê-se melhor o que é amar quando é difícil amar, aceitar que é sempre mais do que improvavelmente, um esforço, um desejo, um empenho pessoal em algo que materialmente não existe, não é palpável nem mesmo se sente. Nunca se ama realmente, a realidade do amor é nunca ser real. Virtual. No dia a dia, corpo a corpo, sonha-se o amor, sonha-se um amor virtual, que se não for virtual não é amor. Virtual porque não depende da presença do outro, da aparência do outro, do comportamento do outro. Um amar que perdura e se sustenta (Vento) mesmo quando não vemos o outro. Amar é memória, antecipação e crença profunda em memórias que hão-de vir. Virar a cara a quem nos vira a cara, sabemos todos que é real, bem concrecto, mas não é amar. Ama-se mesmo quem não nos ama e nos quer deixar. É na paciência, na persistência que se mede o amor. Amar é escolher amar. Depende de quem ama e não de quem é amado. Depende do esforço e disponibilidade de quem ama. Ninguém merece ser amado, porque ninguém pode deixar de merecer ser amado. Não depende do mérito, não depende do comportamento, não se vê nem se comprova. Posso ter que silenciar, posso ter de partir... vai comigo o amor."
(autoria devidamente identificada)
Sexta-feira, 22 de Outubro de 2004
relaxamento nesta interior e aquecida piscina
Terça-feira, 12 de Outubro de 2004
(no words)
Sexta-feira, 8 de Outubro de 2004
Quem quer uma sopinha de nabiças (ou um esparregado)?
Sábado, 2 de Outubro de 2004
Quinta-feira, 30 de Setembro de 2004
uma rosa lindíssima em corte pelo pormenor duma cor tão bela